quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Apresentação

O ponto alto da rua Augusta é a avenida Paulista.

O trecho que compreende o cruzamento com a rua Luiz Coelho (Cerqueira César) até a rua Estados Unidos (Jardins) é sinônimo de elegância, requinte e sofisticação. Contudo, ao longo da sua extensão contrária - da Luiz Coelho até a Praça Roosevelt, surge uma outra Augusta: despudorada, efêmera e rebelde.

É desta área que trata a novela a seguir. É a história de putas, traficantes, rockers, intelectuais, artistas, viciados, músicos, trabalhadores, bandidos, empresários, travestis, profissionais liberais, estudantes, gays, desavisados, estrangeiros, curiosos e de toda sorte de pessoas que buscam diversão, descontração e refúgio naquele pedaço característico do underground paulistano. O extrato denominado “Baixo-Augusta”.

Quanto ao formato, num instante inicial, pode até parecer estranho uma HQ em texto, ou melhor, em time-lines. Mas não é. Não sou ilustrador ou desenhista. Nem por isso deveria deixar de contar uma história utilizando esse modelo por não saber desenhar. Aí está.

Além de propiciar uma leitura fácil, ágil, rápida e descomplicada, o formato roteiro para Graphic Novel permite ao leitor experimentar a imaginação, viajar nas cenas e criar seu universo pessoal no decorrer dos capítulos. Se o leitor for ilustrador, tomara que este material desperte também o seu desejo de rabiscar.

Eu poderia ter arriscado fechar parceria com um único ilustrador ou, então, com um desenhista para cada capítulo, enfim, mas é muito mais instigante imaginar o texto submetido a uma infinidade de interpretações - uma vez apresentado como roteiro - a tê-lo reduzido em apenas uma pré-definida.

Estamos na Era do mash-up, é para essa finalidade que esta história se destina.

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